O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição mental conhecida como TOC, caracterizada por obsessões e compulsões que podem interferir significativamente na vida diária.
O que é o TOC
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões que podem ser definidas como:
Obsessões
Obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes e persistentes, que são vivenciados como intrusivos e indesejados. Esses pensamentos frequentemente são percebidos como irracionais ou exagerados, que acarretam em sofrimento e prejuízos na vida do indivíduo.
Compulsões
Já as compulsões, são definidas como comportamentos ou atos mentais repetitivos no qual a pessoa se sente pressionada a realizar, em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras rígidas.
Além disso, esses comportamentos tem por finalidade reduzir a ansiedade ou prevenir algum evento temido, embora não estejam conectados de maneira realista ao que é destinado a eliminar.
Contudo, tais tarefas, são repetidas de forma compulsiva, e em virtude disso, podem atrapalhar diretamente a vida de quem sofre com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e também de pessoas próximas.
De acordo com estudos, o TOC afeta aproximadamente 2% da população mundial, sendo uma condição crônica que pode variar em intensidade ao longo do tempo se não for tratado.
Assim sendo, pode interferir gravemente no funcionamento social, ocupacional e outras áreas importantes da vida de uma pessoa.
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Causas do TOC
As causas exatas não são totalmente compreendidas. Mas existem fatores que podem estar associados, como, genéticos, fisiológicos, temperamentais e ambientais.
Sintomas do TOC
Os principais sinais e sintomas do TOC são divididos entre os dois comportamentos que o transtorno causa: obsessões e compulsões. Mas, é comum encontrar pessoas que desenvolvam apenas um dos tipos de sintomas.
Sintomas de obsessão
Uma obsessão, dentro do transtorno obsessivo-compulsivo, consiste em uma série de imagens, pensamentos e ideias que vêm à cabeça da pessoa insistentemente e repetidamente, são também intrusivos e indesejáveis, além de serem considerados de difícil controle.
Geralmente, a obsessão vem seguida da compulsão, e o indivíduo busca maneiras de tentar se livrar da própria ansiedade causada pelos pensamentos, por meio de rituais e comportamentos repetitivos que são entendidos como irracionais. No entanto, a obsessão em uma pessoa com TOC também pode surgir isoladamente.
Os sintomas obsessivos mais comuns nesse transtorno são:
Pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos, recorrentes e persistentes que causam intenso desconforto e ansiedade. Embora o conteúdo das obsessões e compulsões se diferencie de pessoa para pessoa, alguns exemplos comuns incluem:
- Medo excessivo de contaminação por germes, sujeira ou doenças, isso envolve por exemplo alguém temer tocar em maçanetas ou tocar objetos públicos por receio de uma possível transmissão.
- Dúvidas constantes sobre ter trancado a porta ou desligado o fogão, ou apagado as luzes, mesmo que já tenha verificado várias vezes.
- Pensamentos intrusivos indesejados envolvendo agressão, conteúdos de cunho sexual ou religioso, acarretando em imenso desconforto e angústia para a pessoa.
- Preocupações excessivas com a ordem, simetria ou perfeição.
Alguns exemplos das compulsões são:
- Lavagem excessiva das mãos ou excesso de limpeza, isso ocorre de maneira que a pessoa se sinta protegida de contaminações.
- Verificações repetitivas de fechaduras, aparelhos ou outras ações cotidianas, esses comportamentos ocorrem com a finalidade de eliminar dúvidas ou incertezas.
- Contagem de números, organização ou alinhamento de objetos de uma maneira específica, até torná-los ideais ou perfeitas ao seu modo de ver.
- Repetição de palavras, frases ou gestos, para evitar um evento temido, mas também pode ocorrer isoladamente sem anteceder a obsessão.
Impactos na vida diária
Os impactos gerados pelo TOC podem ser significativos na vida diária de uma pessoa, prejudicando seu funcionamento social, acadêmico e ocupacional.
A severidade dos sintomas podem variar, mas em casos graves, as obsessões e compulsões podem consumir várias horas do dia, interferindo nas atividades rotineiras e também nos relacionamentos pessoais.
Assim sendo, indivíduos com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, podem também passar a evitar, lugares e pessoas que podem lhe desencadear as obsessões ou as compulsões, com a finalidade de reduzir o impacto do desconforto temido.
Além disso, a vergonha ou o medo de julgamento podem levar à diminuição da qualidade de vida.
Sobretudo, é importante lembrar que, o TOC é um transtorno complexo e pode se manifestar de diferentes maneiras em cada pessoa.
Tratamentos para o TOC
O tratamento para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) envolve uma combinação de terapia psicológica e medicação, ambos aliados possuem mais eficiência na redução significativa dos sintomas.
Além disso, é muito importante compreender as causas do transtorno, visto que, podem não ser de natureza/ordem única, assim sendo, buscar um profissional é essencial.
A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma abordagem dentro da psicologia considerada padrão ouro para o TOC, que envolve a compreensão e identificação das crenças e pensamentos a cerca do transtorno, além de estratégias para o enfrentamento do mesmo, maximizando assim a eficácia do tratamento
Também é relevante destacar que, de acordo com o nível e gravidade dos sintomas, o tratamento pode variar, além disso, cada pessoa responde de uma forma, portanto consultar um profissional da saúde mental é primordial para determinar a abordagem de cada caso.
Conclusão
Como visto anteriormente, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo é uma condição mental séria e desafiadora, mas tratável.
Dessa forma, ao perceber os sintomas, é recomendado buscar ajuda de um profissional como um psicólogo(a) ou psiquiatra.
Por fim, lembre-se de que é muito importante escolher um profissional com quem você se sinta à vontade e seguro para compartilhar seus pensamentos e sentimentos.
É sempre importante lembrar que, informações encontradas na internet são apenas de caráter informativo e não substituem a consulta, e nem o tratamento.